terça-feira, 9 de abril de 2013


Ensino

09/04/2013

Alunos participam de feira de ciências no Equador

Os alunos Rogério Vidolin e Edurado Verlesi da Silva, do 4° ano do curso técnico em Energias Alternativas do Centro Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia, em Pinhais, vão representar o Brasil na 2° Feira de Exposição Latino-americana de Experimentos Produtivos, Ciências e Tecnologia, que acontece nos dias 18 e 20 de abril na cidade de Amato, no Equador. As despesas serão todas custeadas pela Secretaria de Estado da Educação.

O experimento Gerador de Energia a partir de Exaustores Eólicos, criado pelos alunos, foi selecionado pela Rede do Programa de Olimpíadas de Conhecimento (Rede POC) entre os melhores trabalhos desenvolvidos por alunos da rede pública do ensino médio e técnico para representar o país na mostra.

O invento conta com um exaustor no qual foram postos ímãs neodímio na parte externa e bobinas na base. Com a rotação do exaustor, os ímãs passam, em alta velocidade, próximos às bobinas, gerando energia elétrica. Os alunos já conseguiram gerar de 3 a 5 volts.



“Os exaustores têm a função de fazer a renovação de ar do local. Eles ficam girando o dia todo e, observando esse funcionamento, nós tivemos a ideia de gerar energia a partir dessa função”, explicou Rogério.

“Vai ser uma experiência única, pois além de estarmos aprendendo com pessoas experientes, nós teremos a oportunidade de interagir e fazer novas amizades com pessoas de vários países”, disse.

Além da parte teórica, eles também produziram um diário de bordo e relatórios documentando os testes realizados durante a produção do trabalho. O material foi publicado no livro da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que reúne os melhores trabalhos acadêmicos do nível médio do país.

Logo que ingressaram no Centro Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia, os alunos começaram a participar do curso de Metodologia Científica. Eduardo conta que eles procuraram participar do curso com o intuito aprender o funcionamento da produção científica, de acordo com as normas acadêmicas.

“Nós buscamos uma forma de aplicar o que aprendemos durante o curso. O nosso trabalho é focado nas diretrizes propostas no curso de Energias Alternativas. Nós procuramos produzir algo que estivesse de acordo com a proposta do curso e que pudesse contribuir para a geração de energia limpa”, explicou.

RECONHECIMENTO – Essa não é a primeira vez que os estudantes vão participar de uma feira internacional. Em 2011, os alunos estiveram na 26° Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, com alunos de 26 países, ficando em 4° lugar na categoria de Energia Elétrica.

Em 2012, eles participaram da 16° Feira do Salão do Invento Brasileiro, específica para projetos científicos, no qual ficaram entre os dez melhores trabalhos de 86 inscritos. Nesse mesmo ano, os alunos já tinham sido selecionados para representar o país na Feira de Ciências do México, mas não puderam participar do evento devido ao curto prazo para a documentação e inscrição. Agora, em 2013, os alunos foram convidados novamente para representar o país em outra feira de ciências internacional, desta vez no Equador.

A produção do trabalho foi acompanhada pelos professores Rosa Caldeira de Moura e Reinaldo Strapassom.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Tênis que gera energia


 
(Fonte da imagem: Reprodução / InStep Nanopower)
Quantas vezes você estava no meio de uma ligação e a bateria do celular acabou? Com esse tênis agora sua bateria pode durar 10 vezes mais.
Sempre tentaram encontram um modo de sapatos gerarem energia, mas nunca obtiveram resultados satisfatórios, pelo menos até hoje. O objetivo principal é de gerar energia para poder recarregar seus aparelhos eletrônicos durante caminhadas e o seu dia a dia.

InStep Nanopower é um dos primeiros modelos a conseguir resultados relativamente bons. O sistema capta a energia mecânica, quando os pés fazem pressão na parte da frente e na parte de traz do tênis, e com esse movimento repetitivo, ele consegue gerar eletricidade através do movimento das nanopartículas de metal contidas no solado do tênis e armazenar numa bateria interna. Os testes mais recentes conseguiram gerar cerca de 20 Watts por pé com o sistema, com um rendimento de cerca de 75%, o que poderia ser suficiente para manter a bateria de um celular, um iPod e as lampadas de sua lanterna, segundo o site Oficial
Estima-se que modelos como o InStep Nanopower chegarão ao mercado nos próximos anos, mas para isso eles ainda precisam ser aperfeiçoados. Estabilidade na geração e modos de transmissão ainda são pontos que precisam ser aperfeiçoados. inclusive os cientistas ja testaram um transmissor Wi-fi pra poder transmitir a energia pelo ar até os seus gadgets.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Neutrinos mais rápidos que a velocidade da luz

Física

Neutrinos voltam a superar velocidade da luz

Nova experiência realizada no final de outubro e divulgada agora confirma os mesmos resultados encontrados pelos cientistas do CERN em setembro

opera cern
Mais uma vez, os detectores de partícula do laboratório Opera encontram neutrinos viajando mais rápido que a luz(Divulgação)
Neutrinos, partículas elementares da matéria, voltaram a se mostrar mais velozes que a luz em novos testes realizados ao longo dos 730 quilômetros que separam o CERN, na Suíça, do laboratório de Gran Sasso, na Itália, informou nesta sexta-feira o Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS).
Para tentar eliminar uma possível fonte de erro na medição precedente, a equipe internacional de experimentação Opera (Oscillation Project with Emulsion-tRackin Apparatus) utilizou um novo feixe de prótons para produzir os neutrinos enviados em direção ao laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália.

Saiba mais

O que é um neutrino?
Neutrinos são partículas subatômicas (como o elétron e o próton), sem carga elétrica (como o nêutron), muito pequenas e ainda pouco conhecidas. São gerados em grandes eventos cósmicos, como a explosão de supernovas, em reações nucleares no interior do Sol e também por aceleradores de partículas. Viajam perto da velocidade da luz e conseguem atravessar a matéria praticamente sem interagir com ela. Como não possuem carga, não são afetados pela força eletromagnética. Existem três "sabores" de neutrinos: o neutrino do múon, o neutrino do tau e o do elétron.
Por que um corpo com massa não é capaz de atingir a velocidade da luz?De acordo com as equações da Teoria da Relatividade, quanto mais um corpo se aproxima da velocidade da luz, mais energia é necessária para que ele continue ganhando velocidade. Essa energia teria que ser infinita — uma quantidade maior, por exemplo, do que a existente no universo — para que esse corpo fosse acelerado até a velocidade da luz.
Einstein errou?
Até hoje, as previsões feitas pela Teoria da Relatividade que puderam ser verificadas na prática foram todas confirmadas. Algumas proposições, como a existência de ondas gravitacionais que teriam sido emitidas durante a criação do universo, nunca foram detectadas, mas existem experimentos em desenvolvimento para tentar descobri-las.
"Com o novo tipo de feixe produzido pelos aceleradores do Cern (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), fomos capazes de medir com precisão o tempo de percurso dos neutrinos", explicou Darío Autiero, cientista do Instituto de Física Nuclear de Lyon (França) e responsável de análises de medidas da equipe Opera.
Na nova experiência, iniciada no final de outubro, vinte neutrinos puderam ser detectados no laboratório de Gran Sasso, e estas novas medidas "não mudam em nada a conclusão inicial de que os neutrinos parecem viajar mais rápido do que deveriam", destacou o CNRS.
Em 22 de setembro passado, a equipe Ópera anunciou que alguns neutrinos haviam percorrido os 730 km superando ligeiramente (por 6 km/s) a velocidade da luz no espaço (cerca de 300.000 km/s), considerada até o momento um limite insuperável.
"Os vinte neutrinos que avaliamos forneceram uma precisão comparável aos 15 mil que fundamentaram nossa medição inicial", assinalou Autiero.
Para Autiero, "exames complementares" e "medições independentes" são necessários antes que "a anomalia de tempo de voo" dos neutrinos (sua velocidade superior a da luz) possa "ser confirmada ou rejeitada". Se for confirmada, levará a uma revisão da física atual, incluindo a teoria de Einstein.
O neutrino é muito difícil de se detectar, porque está desprovido de carga elétrica e atravessa a matéria sem se deter.
O artigo da equipe Opera com os resultados do novo teste pode ser visto no site ArXiv.
(Com Agência France-Presse)